DROP #9 - Disse o mestre Dogen Zenji (séc. XIII), no Japão:
"Estudar o Zen
É conhecer a si mesmo.
Conhecer a si mesmo
É esquecer de si mesmo.
Esquecer de si mesmo
É estar uno com todas as coisas."
Todas as religiões têm muito a oferecer, sobretudo no que diz respeito à fé. E mesmo aqueles autodeclarados agnósticos ou ateus, certamente nutrem dentro de si algum nível de esperança em alcançarem a felicidade ou a satisfação plena em suas vidas. Essa felicidade ou satisfação também poderia ser aquela famosa sensação de dever cumprido.
Especificamente no Budismo e, mais especificamente ainda, no Zen pode-se observar a manifestação da praticidade: Está sujo? Limpe. É hora de trabalhar? Trabalhe. É hora de se divertir? Divirta-se.
Diferentemente da banalização ocidental de Zen, que sugere uma certa letargia (quem nunca ouviu a expressão "estou zen", para referir-se a um estado de tranquilidade, ou leveza, moleza, sonseira?), essa linhagem budista chama à prontidão. E, estar pronto para fazer o que precisa ser feito, exige de nós uma postura firme e decidida.
Conhecer a si mesmo é, óbvio como parece, autoconhecimento. Isso proporciona a compreensão do que somos e de como agimos e nos permite desapegar das ilusões, como aquelas comentadas no DROP anterior. Nos permite desapegar não apenas das coisas materiais fúteis, mas também das características mesquinhas, vícios e hábitos nocivos que todos temos em alguma medida. Daí o esquecer de si mesmo, que nada mais é do que o desapego do ego. E deixando de ser egoístas nos tornamos unos com todas as coisas. Convivemos melhor com nosso semelhante e aproveitamos melhor do mundo.
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